Um encontro nas Ilhas de Ferro.
Com o episódio de Game of Thrones tendo sua exibição "vazada" dias após a sua estreia da temporada, com o intuito básico de criar maior promoção e comoção pela premiere com índices de audiência elevadíssimos, a série apresenta um episódio bastante bacana e superior ao que foi apresentado pelo primeiro.
As coisas se condensaram basicamente por nos introduzir a Balon Greyjoy e ao antigo reino das Ilhas de Ferro (Pyke), levando o seu filho arrogante e prepotente Theon a dentro de seus aposentos com uma das sambadas mais bacanas da série, com a revelação de que Theon estava bolinando sua própria irmã.
Aliás, reunião de família sem embates e confrontos de ego não é reunião de família, e a série conseguiu expressar muito bem em todas as suas linhas de roteiro a contrastar com a obsessão de George R.R. Martin por incestos, pois só isto pode explicar a utilização múltipla dos casos entre irmãos (no caso, na tentativa de sedução de Theon por sua irmã).
O que este arco deixa claro e evidencia ainda mais é a fragmentação de Westeros, com os antigos reinos querendo se levantar e brigar por sua independência de Porto Real. Winterfel e o Reino do Norte foram os primeiros a declarar guerra à coroa Lannister (travestida de Baratheon) e os Greyjoy não serão os únicos a acompanhar a tentativa de independência e busca por novos territórios. Literalmente uma partida de War (isso mesmo, o jogo da Estrela, de preferência em edição limitada com o formato dos soldadinhos e dos tanques).
Ruminando às Muralhas, Arry, a versão masculina nada convincente de Arya, nos proporcionou bons momentos com sua interação com Gendre, o bastardo do rei morto, Robert Baratheon. Arya pode se esforçar ao máximo para se fingir de homem, mas será sem sucesso.
Mas quem anda se fudendo na série, não no sentido literal, porque ele é juramentado ao preto, mas enfim, já deu pra entender. Seu irmão bastardo Jon Snow é quem também está sambando na corda-bamba e como já diria o ditado, a curiosidade mata, e ele está bem perto desta resolução (só que não).
Ele acabou descobrindo o fado dos filhos nascidos do sexo masculino na orgia que é a família de Craston e acabou vendo a cria ser entregue a um Caminhante Branco, creio eu (repetindo que não li uma página sequer do segundo livro) como forma de pagamento para que os Caminhantes Brancos lhe permita habitar esta região além da Muralha.
Mas o Jon também só toma ferro por conta de Samwell, que sabe que não pode nem olhar para as mulheres de Craston e mesmo assim se deixa se envolver com uma, grávida e receosa se a cria dor um menino e ainda envolve Jon. É, alguém precisa avisar ao Jon que ele precisa de um amigo melhor.
Daenerys segue sem um arco forte e isto não deve mudar em muito tempo, os seus filhotes de dragão precisam crescer para que ela queira brigar pelo Trono de Ferro. Achei bastante aleatória a cena de sexo no puteiro do Mindinho, uma vez que o interessante era mostrar o seu diálogo com uma de suas prostitutas.
A única coisa que me incomoda é o que ocorre na Pedra do Dragão (Dragonstone), com Stannis e Melisandre. Ainda não entendi bem a concepção de Melisandre dentro da série e quem não possui as referências do livro certamente segue perdido como eu, tanto é que eu acho que o nome dela sequer foi citado em uma única cena em dois episódios (mas que o IMDb ajuda a exemplificar e alguns amigos que saibam e que leram a obra literária também).
Mas esta frente é de extrema importância, até um cego enxerga isto. Ainda mais quando lhes apresentam um pirata que quer invadir Porto Real para fuder a Rainha Regente Cercei Lannister. Mas Melisandre ainda é o centro das atenções, ela possui inúmeras segundas intenções com Stannis e é astuta e esperta para passar todo mundo para trás.
Por fim, Tyrion segue como a estrela-mor da série. É o protagonista e não há ninguém para reclamar do título. Seus comentários e sua conversa com Cersei é de uma canalhice única que não há forma de não idolatrar o personagem. Ele parece ser o mais ciente do conselho junto com o eunuco e os únicos a aclamar por paz aos sete reinos, mas a sua falta de força e poder como Mão do Rei, muito por conta de Cersei, lhe prejudicam na missão.
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