terça-feira, 10 de abril de 2012

Touch - 01x04 - Kite Strings

O caçador de pipas.

Tim Kring sambou na minha cara e até agora tem apresentado a série mais convincente, melhor estruturada e de melhor qualidade na TV americana. Tinha achado um exagero a Entertainment Weekly dizer que a série era "phenomenal, incredible and the best series in 2012", mas hoje posso assegurar que Touch está entre as melhores.

A série consegue condensar toda a sua trama e faz com que ela passe pelas mãos do menino Jake Bohn e sua fixação por números e renova arcos que houveram devida conclusão em episódios anteriores (neste caso, trazendo novamente personagens do piloto) para serem utilizados como guias e alças para alavancar o arco secundário de maior importância.

É realmente genial a forma como as coisas corram, mas Tim Kring necessitará de criatividade para movimentar a história por muito tempo. Tudo começa a parecer ser parte de uma escala de ações muito maior do que pareceu nos episódios inciais da série.

Neste episódio é a primeira vez que eu gostei da interação com a numerologia e a este detalhe na trama. Tudo girando em torno da combinação entre os números 9 e 5, o último por vezes utilizados como meio (0.5). Os elementos foram bem feitos e introduzidos e acho que isto ainda beneficiou o episódio.

No arco central, vimos Jake correr meticulosamente atrás de uma pipa lançada às 9h50 e que nos levou aconhecer Bobby, um velho estudante de Sarah e que tanto gostava dela pelo fato de ter sido ela a responsável por alavancar a vida de Bobby, que deu à sua filha o nome da ex-esposa de Martin Bohn.

O desenvolvimento com diálogos francos foi de belíssima interpretação tanto por Kiefer Sutherland, quanto pelo ator convidado, ele sempre quis uma espécie de redenção perante à Sarah e conseguiu através de Martin ao salvar o nosso garoto Jake.

Como seguiam diversas histórias paralelas, este ponto foi onde todas acabaram que se conectando. Desde a parte no Afeganistão, trazendo o quase-menino-bomba do piloto, fissurado por Chris Rock e que sustenta o famoso "sonho americano" de volta para a trama, além de introduzir a novos personagens que serviram para abrir um lado da série que alguns poderiam ter esquecido.

O "salvador" do episódio piloto, o vencedor da loteria que utilizou uma combinação significativa que representava os últimos instantes de vida de Sarah Bohn viva dentro da torre oeste do World Trend Center antes do segundo avião terrorista entrar em contato com o edifício. Ele ainda tem serventia para a série, não foi descartado, e ficará ao encargo de uma igreja, já que o padre atacou tudo pro alto e foi em busca da soldada americana ferida no Afeganistão, amiga de Abdul (o fanboy de Chris Rock) e internada na Alemanha após ser encurralada para os lados de Bagdá.

Por fim, o mais interessante foi mostrar o significado do título do segundo episódio da série e sua representação para a série, a soma "1 + 1 = 3" e que foi gravada na aliança em desuso por Sarah para representar o enlace entre ela e Martin, que por fim gerou Jake. A simples matemática do amor.

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