De volta para o nada, de volta para a campanha.
O caso do assassinato de Rosie Larsen segue sendo uma boa intriga com
muitos interesses, poucos aparentes e muitos segredos. Lembra, pela octogésima
nona vez comparando, o caso de Laura Palmer em Twin Peaks. Muitos segredos, para muitos interesses.
Aliás, The Killing espelha bem o que foi o clássico thriller do início
dos anos 90, sem o tom ácido e o humor negro, a série adaptada por Veena Sud
apresentou um episódio muito bom, tão bom que não reparei que passou tão
rápido, o que em The Killing é sair da primeira marcha e engatar na terceira.
A grande tacada do episódio foi Sarah Linden, que conseguiu arrancar as
informações necessárias do garoto Alexi Gifford, que, apesar de todos os
indícios possíveis – o hidróxido de amônia, ser o filho do homem que Stan
assassinou, a digital na bolsa ensanguentada jogada em frente aos Larsen – não
era mesmo o culpado, como qualquer um poderia sugerir.
Gostei da investida dela na mesa de interrogatório, foi precisa e
conseguiu que o garoto falasse por livre vontade depois de liberado da
delegacia e pelo advogado. Vale ressaltar que o atual chefe de Linden fez de
tudo para que o menino não abrisse a boca.
Ele foi útil em certa parte para o caso, revelou o que sabia depois de
Linden assegurar que Rosie confiava nele e que esta seria uma oportunidade de
ajuda-la. O mistério, desta vez, através do carro preto do outro lado da balsa
e o twist de que Stan não é pai de Rosie.
Vindo das atuais circunstâncias da série, eu não duvidava de que isto
seria possível, agora, quem é o pai da garota? Ele pode muito bem ser o
mandante ou até mesmo o executor do crime, talvez tivesse sido procurado pela
adolescente e ela teria o ameaçado de revelar o segredinho, o que poderia por
algumas coisas em jogo.
É aqui que poderemos ter a ligação com a política e o interesse de
Leslie Adams, o prefeito, em tanto incriminar Darren Richmond, que deve voltar
para a campanha com humor revigorado depois de mijar na cadeira e receber a
informação de Jamie, que arrancou de uma colega na promotoria.
O drama particular de Linden, apesar de estar presente em boa parte da
trama e não consumir muito tempo, tem sido interessante para a caracterização e
humanização da personagem, que por muitas vezes parecia um androide sem
expressão na temporada de estreia e que, segundo o ex-marido, se preocupa mais
com a menina morta do que com o próprio filho.
Holden tem sido um bom parceiro, sem se intrometer e deixar que Linden
conduza o caso da melhor maneira possível.
Uma coisa esperada e previsível foi o relacionamento de Stan com Terry,
a irmã da esposa desaparecida. Foi óbvia e por um instante senti certa
superficialidade na coisa toda, mas acho que será de serventia para episódios
futuros.
Uma coisa que eu ainda não entendo bem é qual é a da Mitch. Ela voltou e
acabou se relacionando com uma garota, de mesmo porte físico e idade que sua
filha assassinada. Quero entender quais são seus interesses, que pra mim, não
basta de apenas “procurar uma substituta” para a filha.
O twist acompanhado da revelação de Giffs foi a ligação recebida por
Terry de um número privado e ela entrando num carro preto (!) em sequência,
servindo como cliffhanger para o episódio. O problema é que a garota que
conversou com a Mitch também entrou em um carro preto. Alguma ideia?
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