quarta-feira, 25 de abril de 2012

The Killing - 02x05 - Ghosts of the Past


De volta para o nada, de volta para a campanha.

O caso do assassinato de Rosie Larsen segue sendo uma boa intriga com muitos interesses, poucos aparentes e muitos segredos. Lembra, pela octogésima nona vez comparando, o caso de Laura Palmer em Twin Peaks. Muitos segredos, para muitos interesses.

Aliás, The Killing espelha bem o que foi o clássico thriller do início dos anos 90, sem o tom ácido e o humor negro, a série adaptada por Veena Sud apresentou um episódio muito bom, tão bom que não reparei que passou tão rápido, o que em The Killing é sair da primeira marcha e engatar na terceira.

A grande tacada do episódio foi Sarah Linden, que conseguiu arrancar as informações necessárias do garoto Alexi Gifford, que, apesar de todos os indícios possíveis – o hidróxido de amônia, ser o filho do homem que Stan assassinou, a digital na bolsa ensanguentada jogada em frente aos Larsen – não era mesmo o culpado, como qualquer um poderia sugerir.

Gostei da investida dela na mesa de interrogatório, foi precisa e conseguiu que o garoto falasse por livre vontade depois de liberado da delegacia e pelo advogado. Vale ressaltar que o atual chefe de Linden fez de tudo para que o menino não abrisse a boca.

Ele foi útil em certa parte para o caso, revelou o que sabia depois de Linden assegurar que Rosie confiava nele e que esta seria uma oportunidade de ajuda-la. O mistério, desta vez, através do carro preto do outro lado da balsa e o twist de que Stan não é pai de Rosie.

Vindo das atuais circunstâncias da série, eu não duvidava de que isto seria possível, agora, quem é o pai da garota? Ele pode muito bem ser o mandante ou até mesmo o executor do crime, talvez tivesse sido procurado pela adolescente e ela teria o ameaçado de revelar o segredinho, o que poderia por algumas coisas em jogo.

É aqui que poderemos ter a ligação com a política e o interesse de Leslie Adams, o prefeito, em tanto incriminar Darren Richmond, que deve voltar para a campanha com humor revigorado depois de mijar na cadeira e receber a informação de Jamie, que arrancou de uma colega na promotoria.

O drama particular de Linden, apesar de estar presente em boa parte da trama e não consumir muito tempo, tem sido interessante para a caracterização e humanização da personagem, que por muitas vezes parecia um androide sem expressão na temporada de estreia e que, segundo o ex-marido, se preocupa mais com a menina morta do que com o próprio filho.

Holden tem sido um bom parceiro, sem se intrometer e deixar que Linden conduza o caso da melhor maneira possível.

Uma coisa esperada e previsível foi o relacionamento de Stan com Terry, a irmã da esposa desaparecida. Foi óbvia e por um instante senti certa superficialidade na coisa toda, mas acho que será de serventia para episódios futuros.

Uma coisa que eu ainda não entendo bem é qual é a da Mitch. Ela voltou e acabou se relacionando com uma garota, de mesmo porte físico e idade que sua filha assassinada. Quero entender quais são seus interesses, que pra mim, não basta de apenas “procurar uma substituta” para a filha.

O twist acompanhado da revelação de Giffs foi a ligação recebida por Terry de um número privado e ela entrando num carro preto (!) em sequência, servindo como cliffhanger para o episódio. O problema é que a garota que conversou com a Mitch também entrou em um carro preto. Alguma ideia?

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