Não basta fazer reverência, tem que louvá-la.
Olha, eu vinha um pouco chateado com Nikita, mas não pela história, até porque mesmo com a ausência aparente de um arco central, a história dos "casos da semana" conseguem bem me entreter como um curto telefilme; o que realmente me cabulava eram os números. Audiência era um alarmante grotesco e, diferentemente de tudo que poderia ter acontecido, Nikita recuperou seus números e apresentou neste episódio a melhor audiência dela na temporada inteira até agora.
Depois de semana passada termos referências totalmente escancaradas ao longa Hanna, esta semana foi claro as referências ao filme alemão Die Welle (A Onda), que é basicamente todo estruturado numa crítica extremamente embasada ao Segundo Reich do governo de Adolf Hitler na Alemanha nazista.
Claro que aqui vimos uma adaptação grande, mas a ideia estrutural do roteiro foi bastante parecida, se considerarmos todo o "caso da semana", vemos a capacidade de controlar o psicológico de grandes massas utilizando de grandes discursos motivacionais e impondo seus pensamentos como se fosse de ordem comum.
Foi desta forma que Mia, a agente infiltrada da Division no movimento terrorista "Third Wave" se viu. Ela se acha usada pelo governo, que criou uma unidade secreta de assassinos treinados para atender à seus caprichos, e o discurso destrutivo de Joshua, o suposto líder do movimento, parece cair como uma luva, fazendo-a se tornar parte integrante do movimento e atirar em Alex depois de Alexandra e Nikki irem lá dar uma forcinha a fugir depois de ser presa pelo FBI.
Gostei muito do episódio, acho que já deu pra perceber, principalmente pela delicadeza de Nikita que se toma por vingança e dá um lindo queimão no Ryan. E assim como Birkhoff e Sonya, que exalam tensão sexual em suas cenas dentro do QG da Division. Gostei também do momento bonitinho do Sean e da Alex, mas passemos rapidamente essas cenas.
A resolução do caso eu achei, apesar de toda a maestria da condução do enredo, um pouco previsível e até fiquei esperando por um twist do gênero, que o tal chefe de segurança da guarda do tal Senador era parceiro de crime do tal Joshua e de que eles pouco se importavam com o movimento em si, mas muito mais no dinheiro que estavam ganhando e do montante que estava sendo acumulado nas Ilhas Cayman.
Mia, que descobriu através do BUTR (o manteiguinha, para os íntimos - robô criado pelo Birkhoff, é claro) que estava sendo tapeada, tentou ajudar a situação toda e acabou se fodendo bonito, sendo alvejada ao se colocar diante dos tiros que acertariam o tal Salvador (ou qualquer nome que seja, já não lembro, ok?), morrendo.
Momento de reflexão bonito no fim do episódio, com comparações sobre enterros e divagações sobre o uso de papel, tão relevante que só cabe a minha linda pessoa dizer "até semana que vem".
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