O fim da epidemia.
Enquanto louvamos ao Padre Marcelo Rossi e erguemos nossas mãos e dai-nos glória à Deus, vibrando com o resultado mais bacana da temporada (ainda mais com a presença da delícia da KC – registra-se, por final), vimos um Top 6 com músicas mais desnecessárias do que nunca e, claro, uma noite com temática dupla para caber todo o ódio que sentimos dessa produção por nos obrigar a ver duas performances do Lazaro.
Com o tema duplo de “músicas da discografia de Burt Bacharach e Hal David” e “músicas que eles desejaram escrever”, o Top 6 botou fim a uma ditadura de lixo, e deu início a toda a força feminina. Mias uma vez, foi titia Beyoncé prevendo quem mandava nessa naba: GIRLS.
Mas como ainda não falaremos das apresentações, vamos comentar (precisa mesmo?) aquele mashup imenso dos finalistas na noite dos resultados (com Lazaro fudendo tudo, como sempre), além de Scotty McCreery saindo das cinzas e lançando “See You Tonight”. Mas o mais importante: Kelly Clarkson está de volta para a casa que lhe deu a luz! Nossa amada vencedora da primeira temporada, lá em 2002, lançou seu novo single (e potencial futuro hit) “People Like Us”, na maior vibe Coldplay wannabe com aquele neon em luz negra (mas todos amam, é claro).
VÍDEOS:
Top 6 - Mashup aleatório com músicas avulsas
Scotty McCreery - "See You Tonight"
Kelly Clarkson - "People Like Us"
Novamente, não temos notícias de Davi Antunes em seu reino perdido chamado Bangu 3, mas ficaremos com meus (Kelvin Bastos) comentários restritos, que sempre são melhores do que os dele, é claro.
Discografia de Burt Bacharach e Hal David
Angie Miller
“Anyone Who Had a Heart”, Dionne Warwick
Escolha errada, para uma apresentação que faltou entrega e que teve, apenas, vocais sólidos e consistentes, mas nada além disso. Faltou dramaticidade e que a Angie realmente pegasse a música e desse algo mais. Eu gosto, particularmente, da música, mas não achei tão certa assim pra Angie. Neste ponto da competição, você não pode ser apenas sóbria e segura, tem que arriscar, e acho que foi isso que faltou pra Angie.
Amber Holcomb
“I Say a Little Prayer”, Dionne Warwick
Outra escolha errada. A música é boa, mas é extremamente linear e não ofereceu em nenhum momento um desafio para a Amber, além de que me entediou em algumas passagens. Aliás, onde esse tema maldito não me entediou, hein Brasil? Pois então, outra com vocais sóbrios, fortes e seguros, mas que não passou disso. Aliás, o arranjo dessa aqui foi tenebroso. Ah, ponto positivo apenas para os melismas e a nota final.
Lazaro Arbos
“(They Long to Be) Closer to You”, The Carpenters
Esse é aquele momento em que dá vontade de aplaudir Randy Jackson em uma standing ovation pelo feedback ao lixo grotesco, bizarro e ridículo que foi essa apresentação de merda do Lazaro Arbos. Entrou completamente errado, não mudou o tom quando a banda mudou e foi, acho que em tempos, a pior performance do American Idol.
Kree Harrison
“What the World Needs Now Is Love”, Jackie DeShannon
Agora sim começou o programa! Depois de tudo que vimos, Kree Harrison deu uma aula de interpretação e controle vocal. Soube mudar bem os arranjos para funcionar com seus vocais, o começo acapella foi perfeito e seu crescimento durante a canção foi incrível. E o que vimos antes? Pega o seu computador, dá ctrl+alt+del e reinicia de novo. ISSO era o que precisávamos.
Janelle Arthur
“I’ll Never Fall in Love Again”, Burt Bacharach
Que merda foi essa? E eu achando o Lazaro datado. Pois é, como as coisas mudam né. Enfim, Janelle parecia ter se transportado em uma nave direto pros anos 70 e ter ficado por lá. Arranjo medonho, brega, cafona e desnecessário. Vocalmente foi ok, mas como o arranjo estava uma merda, pareceu que foi tudo um lixo. Foi um lixo parcial, digamos assim.
Candice Glover
“Don’t Make Me Over”, Dionne Warwick
Que performance linda! Adorei desde o começo, até o fim. Não sou fã desse arranjo (outro que transformou a canção em um belo sonífero), mas os vocais sobressaíram sobre eles e a música acabou sendo um pedaço do paraíso no meio do lixão da Mãe Lucinda. Performance genial, de uma participante genial. AMÉM.
Canção Que Desejou Escrever
Angie Miller
“Love Come Down”, Kari Jobe
Parece que a Angie acordou pra competição e finalmente mostrou algo como foi sua apresentação original lá na fase de Hollywood. Eu gostei da música, independentemente do gênero gospel, afinal, ela já cantou até rock cristão no programa, não foi surpresa ela ter pego algo gospel. Aliás, interpretação no ponto, vocais no ponto e a única coisa que não estava no ponto eram aqueles pombos. PRA QUE RAIOS PRECISAVA DAQUELES POMBOS?
Amber Holcomb
“Love on Top”, Beyoncé
Não foi o seu melhor, mas foi o seu mais contemporâneo. É engraçado ver que menina Amber cresce e não para de demonstrar querer vencer o programa. “Love on Top” não lhe exigiu muito (além do fôlego), mas mostrou um lado diferente da Amber no palco, talvez servindo como um bom fator em sua trajetória no programa. Longe de ser a melhor, mas foi bacana.
Lazaro Arbos
“Angels”, Robbie Williams
Esse é aquele ponto que eu imploro poder voltar no tempo e dizer como o Jahmene Douglas era bom. Saudades X Factor UK 2012. Saudades em que minha preocupação era o Christopher Banana Maloney. Enfim. E termino meu comentário aqui, da mesma forma como foram os comentários dos jurados.
Kree Harrison
“Help Me Make It Through the Night”, Kris Kristofferson
Kree mostrando onde é forte, no country puro e de raiz. Gostei da apresentação, apesar de ter me entediado em alguns pontos, mas quando eu achei que ia começar a me entediar de verdade, ela trocou o tom, subiu as notas e me fez mudar de opinião. Foi uma performance limpa e segura. Sólida como um diamante.
Janelle Arthur
“The Dance”, Garth Brooks
Janelle seguindo o mesmo caminho com essa música que fez com “Keep Me Hangin’ On”. Foi imensamente melhor do que sua primeira apresentação, mas se apresentar com esse estilo, logo após a Kree, faz as comparações crescerem exponencialmente e para um lado negativo para a Janelle. Foi muito bom, exigiu dos vocais e foi bacana.
Candice Glover
“Lovesong”, The Cure
Pode acabar o programa hoje e entregar o prêmio para a Candice Sou Foda Glover? Achei a mãozinha dela movendo muito Burnell pra mim. Mas o que foram esses vocais? Gzuiz me enterra! Eu morri umas dezoito vezes só nessa música e esqueceram de dar fim do meu corpo. Eu fiquei aqui em casa praticamente como Keith Urban, saudando a rainha dessa porra toda. Fim. Game over. Podem todo mundo subir de volta pro seu apê porque Candice acabou com a brincadeira no play.
Resultados
Esta semana, tivemos o pareamento dos candidatos restantes. Isso mesmo, três pares. Um par dos dois mais votados, um par para “os dois da bolha” e outro par para os menos votados. Os mais votados, com muitos méritos, diga-se de passagem, tivemos Candice e Kree. O par da bolha foi formado por Angie e Janelle. E o Bottom por Lazaro e Amber.
E antes que pudéssemos reclamar por uma eliminação de Amber, podemos dar aleluia para os americanos por deixarem Lazaro Arbos como o menos votado. Amém. E depois de ele reeditar sua única performance boa na temporada – “Feeling Good” –, tivemos o maior orgasmo coletivo de todos os tempos, com Randy dizendo que não usariam o save com ele. Novamente: AMÉM! Agora, com um Top 5 repleto de mulheres realmente talentosas, resta torcer por temas que as favoreçam (e não essas porcarias mais velhas do que minha finada avó).
Semana que vem, na terra de Kelly Clarkson, onde quem manda são as mulheres, teremos o retorno de Clay Aiken (que todos já se esqueceram de quem é) e de Fantasia Barrino (a vencedora flopada e esquecida da terceira temporada). Ministério da saúde adverte: Performances da Fantasia podem causar estouro auricular, problemas nos tímpanos e surdez. Até a semana que vem – com a sua própria conta em risco.
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