A final dos sonhos.
Chegamos a mais uma final de American Idol e, em seu décimo segundo ano e com suas intermináveis duas horas de enrolação para anúncio do vencedor, finalmente conheceríamos uma vencedora mulher após os cinco anos de domínio masculino (e dos malditos WGWG).
Chegamos a mais uma final de American Idol e, em seu décimo segundo ano e com suas intermináveis duas horas de enrolação para anúncio do vencedor, finalmente conheceríamos uma vencedora mulher após os cinco anos de domínio masculino (e dos malditos WGWG).
Mas isto seria motivo de muita comemoração, afinal, tanto a equipe de produtores executivos, liderados por Nigel Lythgoe e Ken Warwick, quanto a gravadora Interscope Records, liderada por Jimmy Iovine, conseguiram o que sempre sonharam: primeiro, uma mulher vencendo; segundo, uma excelente cantora vencendo.
Mas o quê explicar para os números vergonhosos em audiência quando esta foi, para muitos durante os Live Shows, uma das temporadas mais consistentes e mais fortes em anos do programa? Neste último mês de competição, o Idol atingiu seus piores índices da história, tendo números piores do que a temporada de estreia - que ocorreu durante o verão de 2002!
De quem seria a culpa? Dos produtores? (A quem eu culpo pelo excelente mal gosto da repetição de temas datados e completamente limitados, além de um favorecimento descarado no meio do caminho a determinada participante). Dos jurados? (Onde vimos mais um colapso de Randy em sua temporada final - graças a Deus - e ao declínio dos comentários "honestos" de Minaj - que viraram comentários roteirizados no maior estilo Britney Spears de qualidade). Ou da própria fórmula? (Não está na hora de algo novo não?).
Culpados não faltam, esta é a verdade, mas este é agora o momento de celebração da vencedora. Que com muitos méritos levou o troféu defendido por Phillip Phillips apesar de que não deverá conquistar o sucesso de seu antecessor por conta de seu winner single/coronation song. (O dia que fizerem um winner single melhor do que "Home", nós conversamos, ok?).
O texto vem dividido em duas partes bem espertas, a primeira sobre as performances como vocês já estão devidamente acostumados, quando na segunda parte faremos um resumo bem prático e extremamente pontual sobre as duas horas deliciosas de Results Show, afinal, tem Adam Bicha Loka Lambert e Jessie FUCKING J, já é sinônimo de ser uma maravilha. Ou como diria Narcisa Tamborideguy, uma final "do badalo". Eike emoção.
PARTE 1: AS APRESENTAÇÕES |
Além da rodada tripla de apresentações, que já estamos mais do que acostumados se tratando de final do Idol, onde temos canções a escolha de Simon Fuller (que deveria ser interditado e proibido de fazê-las, depois das péssimas escolhas feitas para ambas), uma reprise (tematizada como "canção da temporada") e a demonstração de seu winner single e potencial coronation song.
Só que em uma final com duas excelentes cantoras, somos mesmo obrigados a ter de ouvir a voz nasalada e limitada de Carly Rae Jepsen, parindo o resultado da promoção da Coca-Cola, Perfect Harmony, com a canção "I Take a Picture". Aliás, a Coca-Cola também devia ser interditada por referenciar a marca aos vocais da Carly. Enfim, vamos ao que interessa.
VÍDEO:
Carly Rae Jepsen - "I Take a Picture"
Escolha do Simon Fuller
Kree Harrison
"Angel", Sarah McLachlan
Por mais que eu ache que Kree fez um excelente trabalho e soube conduzir excelentemente a performance, a música já começou sendo um erro pela escolha. Coitada de Kreedom que teve de cantar isso. E começar um texto concordando com Randy Jackson a respeito da escolha demonstra que tem algo errado, mesmo que seja o último Live Show dele no programa (alô, alô, graças a Deus!). E apesar do fato de querer dormir ouvindo toda a apresentação, Kree fez um excelente trabalho em relação a condução vocal e ao desenvolvimento de performance, e dosando de forma bastante positiva os pontos dramáticos da música com uma excelente interpretação. Foi uma boa apresentação para uma escolha horrível.
Candice Glover
"Chasing Pavements", Adele
Não tem Amber pra fazer a diva batida da noite e escolher coisa óbvia, então era de se esperar que Simon Fuller fosse dar uma música da Adele para Candice. E como já vimos quase o repertório inteiro da Adele durante a temporada, nada melhor do que escolher uma outra música, certo? Não, não é certo. Assim como Kree, a Candice é uma excelente cantora e entregará sempre o melhor possível dentro do possível, se é que isso fez algum sentido. Novamente, acho uma escolha completamente errada, e esta com o agravante de todo o arranjo ter soado datado pra mim e não ter tido o mesmo efeito em relação a conexão com a emoção transmitida pela música.
Winner Single
Kree Harrison
"All Cried Out", canção original
Definitivamente, esta temporada não tivemos excelentes winner singles. Nem para Kree, nem para Candice. Por mais que não seja uma "No Boundaries" da vida, ou ainda uma "Do I Make You Proud?", "All Cried Out" foi a que chegou mais próximo do excelentismo alcançado pelo Phillip Phillips na temporada anterior e a canção funcionou perfeitamente dentro dos vocais de Kree. O problema aqui foi que Kree se perdeu a partir do meio, não conseguiu se conectar apropriadamente à música e vimos uma performance um tanto vazia e fria, se tratando por Kree é quase o apocalipse. Apesar disto, ainda acho que comercialmente esta música é superior a de Candice, só faltou ter sido interpretada com um pouco mais de intensidade.
Candice Glover
"I Am Beautiful", canção original
Balada pop com uma letra bizarra, praticamente dizendo "moça, eu sou linda" e sendo um hino um tantinho feminista, até. Não acho certo este tipo de canção pra Candice e esperava uma linha diferente de canção como winner single pra começar a carreira dela bem no pós-Idol, só que foi absolutamente errado. "I Am Beautiful" serviu basicamente como "Change Nothing" foi no ano passado para a Jessica Sanchez: um tiro no pé. Mas é inegável, no entanto, que os vocais da Candice e sua entrega a música deu um banho na Kree em relação à performance anterior. Vocalmente impecável, mas contextualmente deplorável.
Canção da Temporada
Kree Harrison
"Up to the Mountain (MKL Song)", Patty Griffin
Eu não esperava que Kree fosse escolher esta música. Talvez a colocação certa seria que eu não queria que ela escolhesse esta música. Estava esperando que ela viesse com algo como "Stars" (feita no solo round em Hollywood) ou "Evidence" (feita como "canção do Top 10"). Só que Kree me fez mudar de escolha. Com uma entrega tão espetacular que chega a ser doentia, menina Kreedom foi absolutamente fantástica desde os vocais ao desenvolvimento de apresentação. E por ser uma reprise, e ainda de algo que ela já havia ido muito bem, sempre espero mais do mesmo (ou até mesmo que seja inferior à primeira vez), mas a country-girl do Texas foi ainda superior. Muito bom trabalho.
Candice Glover
"I (Who Have Nothing)", Ben E. King
Onde estou? Porque está tudo branco? Eu morri? SIM! SIM! SIM! Mandando meus comentários do além após esta PERFEIÇÃO DIVINA DO CARALHO. Desculpa pelo caralho, é claro. Começo a capella simplesmente espetacular, com 20 segundos de música já me tinha nas mãos e gritando "já ganhou!" do sofá de casa. Interpretação fantástica, vocais sensacionais, domínio incrível. Perfeita. Apenas isso. Não há outra palavra a ser posta do que PERFEIÇÃO. Obrigado Candice por ter feito do Idol, este ano, a sua passarela do samba. Obrigado Candice por resetar a minha vida. Fim.
PARTE 2: O RESULTADO & OS CONVIDADOS |
Sabem como é, o resultado final do American Idol sempre precisa daquele climão de drama e tensão, mas não é final do American Idol se não tivermos aquelas apresentações tão crocantes e saborosas que vazam com o nível altíssimo de cretinice e, claro, cafonice. E é assim que começamos essa parte, falando sobre "Glad You Came", cantado pelo nosso infalível Top 10. Aliás, melhor nem comentar que a maior parte da música foi dublagem de base pré-gravada, mas o melhor momento foi: Que porra de gemido foi aquele, Burnell?
Mas engana-se que a final se tratasse apenas sobre Kree e Candice. Pelo contrário. Afinal, o nosso Top 10 ainda teve gente talentosa, como Janelle Arthur, que se juntou ao The Band Perry (e Kimberly Perry sendo uma linda!) e cantou "DONE.", com direito a bate-cabelo, fogo e explosões. Chama os travestis, porque isso foi sensacional. Claro.
Como era de se imaginar, o Idol rebateu ao vivo às suspeitas de sabotagem com direito a um vídeo (com JORDIN SPARKS!!!) excelente cheio de trolladas aos rapazes. Com as meninas sabotando eles. Mas isso é só introdução para o mashup que o Top 5 Boys cantariam a seguir ao lado de Frankie Valley, mas isso estava tão ruim que eu quase quis saber o que a Lívia Marine anda aprontando na novela das nove.
Mas daí entrou a Mariah Carey fando um megamashup (em playback... Mariah fazendo playback! A coisa não tá fácil pra ninguém), daí eu fui definitivamente ver o que a Lívia Marine fazia. Aliás, mashup que rendeu músicas como "Vision of Love", "Make It Happen", "My All", "Hero", "We Belong Together" e "#Beautiful". Repertório cafona, mas a gente ama mesmo assim. Daí você está boiando eternamente, porque Amber Holcomb decide cantar música que a Candice Glover fez na semana passada, só que daí, do nada, surge a Emeli Sandé e tudo fica lindo. Enfim, dueto cantando "Next to Me".
Depois deste bloco, eu de verdade não queria ser obrigado a mudar pra Globo pra ver Dona Helô pegando Wanda e Russo, mas não deu. Tinha um coreano ali gritando "WET PSY!". Pois é, PSY cantou "Gentleman" e, falando em "Gentleman", a música homônima da Jessica Sanchez é um infinito melhor. Só que entrou o Keith Urban em seguida lançando "Little Bit of Everything" e ficou tudo lindo, é claro.
Pra ficar mais lindo, foi hora de vermos um pouquinho das nossas finalistas desfilando no palco do Nokia Theatre, com Candice Glover cantando "Inseparable" ao lado da delícia, perfeita, sensacional, genial, Jennifer Hudson. Nem preciso dizer que isso causou uma espécie de orgasmo nos meus tímpanos. Absolutamente fantástico.
Falando em duetos, Angie Miller, "a garota que chocou a América com a sua eliminação" (palavras do Ryan Seacrest), subiu ao palco montada no piano em uma performance lindíssima com Adam Lambert cantando "Titanium". Só que daí Adam anuncia Jessie J, que também se juntou a festa e cantou com Angie o hit "Domino". Por causa deste dueto, Angie cancelou a performance de "You Set Me Free", em compensação, Jessie J a convidou pra se juntar a turnê da cantora pela Europa. Jessie, sua gostosa!
Voltando às finalistas, e por esta ser a última temporada de Randy Jackson como um jurado do American Idol, ele se juntou à Kree Harrison, ao também jurado Keith Urban e Travis Barker para um dueto de quatro (oi?) com a canção "Where the Blacktop Ends". Mas antes teve vídeo dos finalistas falando sobre os jurados, mas se resume no Devin vestido de Nicki Minaj, com direito a peruca e enchimento na bunda. SOCORRO.
E inovando e sambando na cara das pessoas, Aretha Franklin apareceu de Nova York e cantou com as garotas do Top 5 Girls que estavam em Los Angeles um megamashup dos seus maiores hits. A performance foi tão bizarra e esquisita, que ainda assim foi fantástica. Quer dizer, foi incrivelmente sensacional.
E depois de protagonizar o painel por dois anos seguidos, e momentos como "dancei na piroca do meu marido" na final da décima temporada e "dancei na piroca do meu namorado novo e ex-amante" na temporada passada, eis que Jennifer Lopez retornou com Pitbull para o terceiro single colaborativo deles, "Live It Up". E, Deus do céu, JLo... Pernas... JLo... Coxas... JLo...
Ainda restou tempo pra mais um dueto, desta vez entre as duas finalistas, Kree Harrison e Candice Glover com "One Less Bell to Answer". Mas chega de enrolar, é hora de finalmente revelarmos quem venceu essa naba toda. Aliás, qualquer uma das duas que vencessem teria sido merecido. E, pela última vez na temporada, Karen, dim the lights... here we go... E a vencedora da décima segunda temporada do American Idol e que reprisa seu winner single é... CANDICE GLOVER, com "I Am Beautiful". Parabéns à Kree, que foi sólida durante a temporada e chegou à esta final também, mas não teve nem como competir com os vocais IMPOSSÍVEIS de Candice. Candiva, a diva da temporada.
Mas engana-se que a final se tratasse apenas sobre Kree e Candice. Pelo contrário. Afinal, o nosso Top 10 ainda teve gente talentosa, como Janelle Arthur, que se juntou ao The Band Perry (e Kimberly Perry sendo uma linda!) e cantou "DONE.", com direito a bate-cabelo, fogo e explosões. Chama os travestis, porque isso foi sensacional. Claro.
Como era de se imaginar, o Idol rebateu ao vivo às suspeitas de sabotagem com direito a um vídeo (com JORDIN SPARKS!!!) excelente cheio de trolladas aos rapazes. Com as meninas sabotando eles. Mas isso é só introdução para o mashup que o Top 5 Boys cantariam a seguir ao lado de Frankie Valley, mas isso estava tão ruim que eu quase quis saber o que a Lívia Marine anda aprontando na novela das nove.
Mas daí entrou a Mariah Carey fando um megamashup (em playback... Mariah fazendo playback! A coisa não tá fácil pra ninguém), daí eu fui definitivamente ver o que a Lívia Marine fazia. Aliás, mashup que rendeu músicas como "Vision of Love", "Make It Happen", "My All", "Hero", "We Belong Together" e "#Beautiful". Repertório cafona, mas a gente ama mesmo assim. Daí você está boiando eternamente, porque Amber Holcomb decide cantar música que a Candice Glover fez na semana passada, só que daí, do nada, surge a Emeli Sandé e tudo fica lindo. Enfim, dueto cantando "Next to Me".
Depois deste bloco, eu de verdade não queria ser obrigado a mudar pra Globo pra ver Dona Helô pegando Wanda e Russo, mas não deu. Tinha um coreano ali gritando "WET PSY!". Pois é, PSY cantou "Gentleman" e, falando em "Gentleman", a música homônima da Jessica Sanchez é um infinito melhor. Só que entrou o Keith Urban em seguida lançando "Little Bit of Everything" e ficou tudo lindo, é claro.
Pra ficar mais lindo, foi hora de vermos um pouquinho das nossas finalistas desfilando no palco do Nokia Theatre, com Candice Glover cantando "Inseparable" ao lado da delícia, perfeita, sensacional, genial, Jennifer Hudson. Nem preciso dizer que isso causou uma espécie de orgasmo nos meus tímpanos. Absolutamente fantástico.
Falando em duetos, Angie Miller, "a garota que chocou a América com a sua eliminação" (palavras do Ryan Seacrest), subiu ao palco montada no piano em uma performance lindíssima com Adam Lambert cantando "Titanium". Só que daí Adam anuncia Jessie J, que também se juntou a festa e cantou com Angie o hit "Domino". Por causa deste dueto, Angie cancelou a performance de "You Set Me Free", em compensação, Jessie J a convidou pra se juntar a turnê da cantora pela Europa. Jessie, sua gostosa!
Voltando às finalistas, e por esta ser a última temporada de Randy Jackson como um jurado do American Idol, ele se juntou à Kree Harrison, ao também jurado Keith Urban e Travis Barker para um dueto de quatro (oi?) com a canção "Where the Blacktop Ends". Mas antes teve vídeo dos finalistas falando sobre os jurados, mas se resume no Devin vestido de Nicki Minaj, com direito a peruca e enchimento na bunda. SOCORRO.
E inovando e sambando na cara das pessoas, Aretha Franklin apareceu de Nova York e cantou com as garotas do Top 5 Girls que estavam em Los Angeles um megamashup dos seus maiores hits. A performance foi tão bizarra e esquisita, que ainda assim foi fantástica. Quer dizer, foi incrivelmente sensacional.
E depois de protagonizar o painel por dois anos seguidos, e momentos como "dancei na piroca do meu marido" na final da décima temporada e "dancei na piroca do meu namorado novo e ex-amante" na temporada passada, eis que Jennifer Lopez retornou com Pitbull para o terceiro single colaborativo deles, "Live It Up". E, Deus do céu, JLo... Pernas... JLo... Coxas... JLo...
Ainda restou tempo pra mais um dueto, desta vez entre as duas finalistas, Kree Harrison e Candice Glover com "One Less Bell to Answer". Mas chega de enrolar, é hora de finalmente revelarmos quem venceu essa naba toda. Aliás, qualquer uma das duas que vencessem teria sido merecido. E, pela última vez na temporada, Karen, dim the lights... here we go... E a vencedora da décima segunda temporada do American Idol e que reprisa seu winner single é... CANDICE GLOVER, com "I Am Beautiful". Parabéns à Kree, que foi sólida durante a temporada e chegou à esta final também, mas não teve nem como competir com os vocais IMPOSSÍVEIS de Candice. Candiva, a diva da temporada.
Muito obrigado à todos que acompanharam esta temporada do American Idol, ano que vem teremos mais um ano onde devemos ter muitas mudanças. Muito obrigado ao sempre prestativo Davi Antunes que se juntou aos nossos debates semanais (nem sempre) de boa música (às vezes nem tão boa assim, não é Lazaro?) e fiquem espertos que logo mais voltamos, com o Top 15 das melhores apresentações da temporada. Preparem-se para mais um domínio de Candice em suas vidas, é claro.
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