E começa tudo de novo, e de novo, e de novo, e de novo.
Tã-dã. Senhores passageiros do voo 401 com destino à Rosewood, embarque no portão do inferno porque vocês serão enganados por mais uma temporada inteira e enrolados como se não houvesse amanhã com repetição de histórias já vistas, com pegadinhas da Marlene e arcos ainda mais bizarros do que já vimos nessas três temporadas anteriores. Tã-dã.
Sabe, eu sempre defendi Pirulitolaiars com todas as minhas forças e esperanças, mesmo quando o episódio era bem ruim, eu tentava transformá-lo num mar de rosas fazendo piadas cretinas e usar todo tipo de metalinguagem existente de forma idiota, mas essa semana eu realmente quero fazer as coisas diferentes porque eu, não sei quanto a vocês, cansei de ser feito de idiota.
Não vou comprar mais a mesma história pela terceira vez seguida e achar que tudo está maravilhoso e que Pretty Little Liars é a melhor série da minha vida. Longe disso. Esta premiere remonta arcos que já estamos saturados de ver e já é hora de Marlene King, Oliver Goldstick e Lisa Cochran-Neilan pararem de encher a história de pontas soltas e não amarrar absolutamente nada, além disto, parar de reciclar trama, porque ninguém aqui é imbecil pra ficar vendo a mesma coisa repetidas vezes.
Analisando de forma fria este episódio de estreia de temporada, tivemos um episódio legal, introdutório e extremamente similar à premiere da terceira temporada, por exemplo. E este, talvez, seja o maior problema. Não é que o episódio tenha sido ruim, ele não foi, apenas foi desenvolvido com um amontoado de coisas já utilizadas pela série, diferenciando em um ou outro detalhe, adicionando ou retirando uma ou outra coisa.
Faltou um fator de originalidade. Faltou um fator de ousadia.
Quer dizer, único fator de ousadia que vimos foi o tamanho da cretinice da produção durante a resolução do mistério sobre o que estava dentro do porta-malas da viatura do Wilden: um porco. Não, não o porco do Wilden, e sim um porco de verdade, mortinho, só pra aparecer na tela quase em letras garrafais: PEGADINHA DA MARLENE. IÉ IÉ. Sérgio Mallandro curtiu esta cena.
Para quem se perguntava a relação da Mona e suas ações como "-A", no entanto, foi recompensado com uma bela sabatina. A respeito do carro do Wilden, não foi ela quem o tirou do lago, mas foi ela quem o colocou na garagem das Martin. Sobre orifícios escuros e a relação com a Psicocega, Shana já conhecia Jenna antes de chegar à Rosewood, e está apaixonada pela ex-cegueta, com ambas alimentando um medo por Melissa. Cece visitou Mona em Radley, mas o assunto da conversa foi esquecido por conveniência, é claro. Lucas foi quem fez aquela massagem em Emily, faz tanto tempo que eu duvide que alguém considere esta informação importante. Tobias foi recrutado assim que conseguiu o emprego fora da cidade, mas isso todos já sabiam, ou deveriam saber. E não foi ela quem empurrou Ian na Torre do Sino na Igreja.
Mas a informação mais importante, no entanto, é quando começamos a falar sobre a noite do Trem Assombrado. Mona estava lá, foi ela quem utilizou a máscara com o rosto de Ali e que quase beijou Hanna (diálogo cretiníssimo este), mas ela não tinha nenhuma relação com a Rainha de Copas. Eram duas, na verdade. Wilden e Melissa. Vimos e confirmamos a identidade de Wilden, mas quando veríamos se era realmente Melissa, o computador teve uma pane, patrocinada por "-A" e seus trojans malditos.
E se você estava esperando por algum morto nesta premiere, bem, você foi premiado. Assim como o caso do Ian. Assim como o caso do Garrett, agora temos o caso de Darren Wilden. O ex-detetive de Rosewood foi baleado, segundo os jornais locais apontam, por diversas vezes em um local diferente onde o corpo foi encontrado. E quem vai investigar o crime? Mais um detetive avulso. O tal Oficial Holbrook (Sean Faris) está no cargo das investigações. Desculpa, mas só eu tive uma sensação tremenda de déjà vu e plot requentado? Acho que não.
Só que a vida das Liars não é só esse glamour de velório (com direito a mais uma pegadinha de "-A", plantando o celular de Mamãe Marin no caixão do defunto) e investigação policial, elas têm os seus bofes (Caleb não incluso - não se encaixa na categoria 'macho por definição') sobre o olho do tornado, com exceção de Emily.
Nossa nadadora parece cada vez mais firme e forte com Paige (essa é mais macho que o Caleb em todos os requisitos mínimos necessários), com direito a trocas de "eu te amo" para esquentar esse frio dia dos namorados (para nós, elas estão pouco se fudendo pra esta data, na verdade) e se acertando para tentarem a Universidade de Stanford. Claro que "-A" vai melar com os planos de vida conjugal delas, mas vamos curtindo - só que não - esse momento das duas.
Porque Zoiudinha tem motivos pra ficar com as orbes ainda mais arregaladas agora que não tem mais Ezra e um vice-diretor carrancudo com os olhos dele sobre a Zoiudinha. Quão irônico. Aliás, a melhor cena do episódio foi um sonho. Me senti vendo Breaking Dawn de novo, quando o melhor não acontece de verdade. Ezra sendo preso seria o melhor momento dos quatro anos, até fiquei na pontinha do sofá esperando pra ver este momento célebre. Mas foi pura ilusão. Mais uma pegadinha da Marlene. Insira o "ié ié" novamente, por favor.
Já Hanna, na ausência de seu quase-macho, tentou passar o episódio ajudando Mona e bancando a "BFF" perfeita. Mas era uma amizade com interesses. Ela queria o HD que Mona roubou da antiga viatura do Wilden antes de partirem fugidas da cena do crime, HD que continha o vídeo de Mamãe Marin atropelando Wilden como se ele fosse um boneco de Olinda. Só que Mona é esperta. Acho que já deve ter feito cópia e enviado até pro Alasca como backup. Só por isso devolveu à sua falsa-amiga.
O destaque maior, como usual, é de Spencer. Afinal, uma Hastings agora é suspeitíssima de ser "-A" ou ter relações com "-A", e Zé Tobinha só toma no Toba e "-A" vai utilizá-lo como marionete até a sua vontade passar. O que só Deus sabe quando. "-A" tem informações sobre a morte da mãe de Toby, que parecia ter desenvolvido algum tipo de doença durante um flashback, e só daria se Tobinha levasse o covil de Mona para "-A", coisa que ele faz no fim do episódio.
Por fim, tenho que falar da mulher misteriosa vestindo um véu sobre a cabeça e, ainda assim, usando a máscara de Ali. Parece que a Tia do Casaco Vermelho cansou da cor e mudou pra Tia do Véu, só que este plot já veio de Sinhá Moça, produção.
Por fim, tenho que falar da mulher misteriosa vestindo um véu sobre a cabeça e, ainda assim, usando a máscara de Ali. Parece que a Tia do Casaco Vermelho cansou da cor e mudou pra Tia do Véu, só que este plot já veio de Sinhá Moça, produção.
Mais uma vez, de forma geral, foi um episódio bom, mas ainda muito abaixo do esperado e da expectativa. A série utiliza-se de arcos repetidos para segurar a trama e acaba se saturando e ficando repetitiva ao longo do tempo. Espero que este quarto ano traga respostas de verdade e sólidas, além de episódios geniais. Faz tempo que não temos um episódio com marca mór de genialidade.
P.S.: Review desta semana sem a comum tirada de sarro, precisei ser mais crítico que o usual. Retornaremos a nossa antiga programação em breve (ou quando eu quiser, 2bjs).
P.S.: Jenna aparecendo toda misteriosa e com uma marca de queimadura. Onde será que ela queimou aquilo? Será que foi quando ela e a Shana estavam colando o velcro no meio do mato ou quando ela queimava a rosca com o Noah? Pergunta difícil.
P.S.: Mamãe DiLaurentis está de volta. E mais suspeita do que nunca. Até o quarto da filha ela decorou do jeitinho que estava antes. #MEDO
P.S.: Jenna aparecendo toda misteriosa e com uma marca de queimadura. Onde será que ela queimou aquilo? Será que foi quando ela e a Shana estavam colando o velcro no meio do mato ou quando ela queimava a rosca com o Noah? Pergunta difícil.
P.S.: Mamãe DiLaurentis está de volta. E mais suspeita do que nunca. Até o quarto da filha ela decorou do jeitinho que estava antes. #MEDO
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