Porque a cegueira never ends.
Podem falar o que for a respeito da qualidade dúbia de Pretty Little Liars, mas não há no mundo uma série que consegue ser tão trollada, tão odiada e tão amada ao mesmo tempo. Aqui, a zoeira never ends, assim como a falta de sentido, que também nunca chega ao fim e sempre somos colocados em meio a uma roda de ação subjetiva em que temos uma vilã sem face querendo derrubar nossas heroínas super-poderosas.
Mas diferentemente de Lindinha, Florzinha e Docinho, nossas pequenas quengas em ascensão só conseguem fazer uma coisa: caras e bocas. Alguém avisa a tia King que falta o elemento "X" pra que essas moças consigam ir além de nomes avulsos e cenas escrotas, por favor?
Desta vez, entretanto, não podemos alegar que o episódio foi ruim. Porque não foi. Houve momentos divertidíssimos que passaram pela perversão das Liars e crises de ciúmes, um término que não foi término e tudo isso para chegarmos... a o quê mesmo? Esquece, nunca saberemos quais foram os sentidos das coisas aqui, de qualquer maneira.
Começaremos a narrativa deste episódio por Emily, a aniversariante do dia. Psicopaige, de tramoia com as Liars, quis fazer uma festa surpresa para ela e deu, de presente, uma passagem de ida pro inferno. Não, pera. Uma passagem para ver um dos melhores preparadores de nadadores da América, um tal de Domenic.
Pausa neste instante, e retornaremos ao momento em que Paige lhe dá a caixinha com o cartão. Reparem que elas estão andando no mato e Paige dá uma sugerida básica de irem curtir a noite na casa de uma tia que a tal tia não estava. Até aí tudo bem, provável que elas fossem colar o velcro. Nem ligo. Mas daí me surge a caixa e quando a Ems abre, eu quase tive a certeza de ser uma camisinha. Pois é. Nível de toxinas aqui ultrapassaram a escala Hebert Richers. Não, pera.
De volta a narrativa, Ems conta sobre sua lesão, vê sua esperança de entrar em Stanford no próximo ano ser reduzidas a pó e volta chamando Psicopaige na xinxa, só que foi surpreendida pelo "surprise!" básico. Esse povo sem noção, perderam a chance de ficarem quietos e assistirem uma DR ao vivo. Se bem que, né, quem quer ver essas duas discutindo o relacionamento mesmo?
Mudando o foco pra Zoiudinha, que de boba só tem a cara, praticamente engoliu o moço Jake com aquelas duas órbitas do tamanho de Júpiter. O level de safadeza dela falando com Spencer pelo telefone chega a ser até depravado. Cadê a Parents Television Council uma hora dessas, hein Brasil? Eu não pago internet pra ver essas coisas não.
Mas o caso aqui é que ela ultrapassa até a linha aceitável de ciúmes e demonstra isso claramente, já que o moço foi pra festinha da Ems com uma avulsa alheia, enquanto Aria lhe disse que ficaria em casa com papai que estava voltando de Syracuse. Carrie mandou um beijo pra ele. E ninguém entendeu essa referência. Ah, who cares?
Enquanto Ezra fica em mesas com a mulher que fornicou pra nascer o imbecil do Malcolm, que tomou do mesmo chá de menino Mike e sumiu pro bem da humanidade, vendo Aria se esfregando em bofe alheio, que inclusive pegou na sala de casa, pode ter seu filho mandado pra Washington. Só que ele recorreu a Veronica Hastings, esse poço de humildade e sabedoria que lhe indicou um advogado pra ganhar a guarda da cria. Mas esse plot é igual a minha referência à Unforgettable no parágrafo de cima: ninguém sabe pra quê existe.
Na sequência, temos Spencer e o arco da psicocega. Sim, Jenna está de volta e cega novamente. O que não faz sentido nenhum, mesmo porque a cirurgia havia sido totalmente bem sucedida. Coerência passou longe de busão e não desceu nesse ponto. Só que o lance aqui era fazer de Jenna a cega de novo pra que pudessem acertar a cabeça dela, quase matá-la afogada e ser salva por Emily. Mas esse não era o parágrafo pra falar sobre Spencer, você se pergunta. E era, só que a utilidade dela neste episódio foi tão importante quanto a aparição de sua mãe: pra porra nenhuma.
Quer dizer, podemos fazer ligação dela com a história de Shana e Jenna, mas nem pra isso ela serviu, quer dizer, só pra aparecer no hospital e perguntar pra Shana do Toba (er... como?) e receber o nome "Cece Drake" de brinde. E, novamente, o nome de Cece está na boca do sapo. Veremos o que acontecerá no futuro.
Porque Hanna, graças a confissão de Mona, poderia ter Mamãe Marin de volta a sua casa. Mas pra isso precisaria pagar a bagatela de um milhão de doletas, ou ao menos 10% da quantia. Reparem agora como este plot tem menos sentido que qualquer outra coisa no planeta: a família está quebrada desde o piloto, mas o pai é ryco. Calébe descobriu que tem berço de ouro e também tem a família ryca. No entanto, Hanna estava desesperada pra conseguir as doleta. E quem dá o dinheiro? O Pastor Louva-a-Deus. Sumir uma nota de 10 dólares do caixa da igreja já foi um escândalo, mas sumir 100 mil tá valendo, né?
Mas o que vale mesmo a pena são as duas últimas sequências. Primeiro, Mona retornando ao lugar que sempre quis estar, o Radley Sanatorium. A cara de satisfação dela é quase a mesma de ter um orgasmo. A moça só falta começar a pular e dançar "segura o tchan". E, segundo, Vadia de Vermelho se enfiando em buracos alheios. Não foi em Toba e não foi em Shana, que fique claro. Ao que me pareceu, a tal Red Coat entrou na casa dos DiLaurentis, pelo menos foi o que me pareceu.
Enquanto vamos bebendo vinho e ouvindo boa música com -A nos créditos finais, eu acho muito justo ver você compartilhar sua opinião sobre o suculento aniversário de Emily Field. Aniversário que a família sequer foi convidada. Acho justo.
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