Depois desses últimos episódios começo a torcer pela zebra da renovação mais do que improvável de The Event. A série tem agora uma trama complexa, interessante, intrigante e cresceu de tal forma que ela finalmente me consegue deixar com vontade de assistir ao próximo episódio.
O sem graça do Sean agora tem graça, muito por conta da Vicky, mas, mesmo assim, a sua história de provável guardião substituto do Dempsey começa a me interessar, afinal, quem esperava o que estava prestes a acontecer com o velhote.
Fato é que Sean será o grande salvador da raça humana, pelo menos era isso que o Dempsey quis dizer. Não sei como ele pode ter tamanha importância aqui, mas acompanharemos o desenrolar daqui, com o Dempsey se matando, deixando Sean de posse de suas informações e com a informação da localização da "arma mortífera", Sean e Leila agora terão de correr contra o tempo.
Leila é inútil, mesmo dando tal informação. Se era alguém que deveria estar em um daqueles ônibus que viraram ferro retorcido e queimado era ela. Antipática, apesar de bela, ela não traz nenhuma informação para nenhuma das tramas ou dos arcos da história.
Enquanto isso, na Casa Branca, Elias começa a desconfiar da sua esposa. Será ela uma E.T.? Pode apostar que sim. A primeira-dama Christina Martinez sabe tapear o marido, mas nem por um instante eu, na posição de Elias, teria acreditado na história inventada por ela para justificar os furos em seu arquivo.
Ainda mais com seres de tamanho egoísmo e antipatia que essa série nos traz. Sterling é aquele tipo de racional-patriota, enquanto o Elias é do tipo "mexeu no meu queijo, eu te mato", pelo menos é assim que ele vem levando a guerra contra os alienígenas, e o vice-presidente Jarvis é do tipo "eu vou salvar o mundo", num mix de patriota, demagogo e diplomata.
E por ele a melhor arma é negociar. Já disse como isso é chato? Acho que não, então, prefiro muito mais o bang-bang trocado por Elias e Sophia, com pitadas de ação, do que a diplomacia do Jarvis. E com a união do Jarvis com Sophia para dar um Golpe de Estado contra o Elias, numa tentativa de assassinato, foi o que salvou essa parte da história.
Saber que o Presidente corre risco de vida é bem divertido. O odeio mesmo, nem é novidade e ele é arrogante e tosco. Enquanto nas províncias dos impérios antigos gritavam vida longa á seu governante, eu tenho de gritar vida curta para este.
The Event melhora e progride aos poucos. O que me surpreende é eles deixarem cliffhangers bem light do que um "OMG! Houston, we have a problem!". A trama está bem mais interessante e uma renovação a esta altura não me surpreenderia não.
Diferentemente de FlashForward, The Event usou o hiato para repensar suas atitudes, suas histórias, suas tramas e seu arcos. Foram inteligentes e hoje a série me instiga a querer assistir ao próximo episódio.
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