quinta-feira, 23 de junho de 2011

Falling Skies - 01x01/02 - Live and Learn / The Armony (Series Premiere)

Bom, antes de mais nada, explico aqui que só demorei a escrever sobre Falling Skies porque eu dormi na primeira vez que eu vi o piloto. Dito isto, acho que já deu pra entender o que aconteceu.
© TNT / Reprodução
Enquanto grande parte queria ver uma premiere dupla tão boa quanto a de The Walking Dead, só que com aliens no lugar dos zumbis, o episódio duplo inicial de Falling Skies se limitou em ser lento e arrastado, entretanto, eu posso falar que eu gostei e muito do que eu vi.

Como episódio inicial, eu louvo a produção de Steven Spielberg em ousar em não impactar com uma trama de sete cabeças, à quinta velocidade e apresentar gradativamente àqueles com quem teremos de nos familiarizar, os personagens.

Nisso eu digo que não tenho nenhuma ressalva, Falling Skies conseguiu utilizar o seu tempo em não ficar mostrando os monstrengos verdes de seis patas e desenvolver inicialmente bem os seus personagens, bem como suas relações, suas paixões e suas inimizades.

A premissa é tão similar a de The Walking Dead que nem é preciso grande capacidade cerebral para compreender: Num mundo pós-apocalíptico (apesar de eu ter achado que ficou longe de ter um apocalipse ali), um ex-professor de história, Tom Mason (Noah Wyle), vira líder de um grupo de resistência contra uma força de ocupação extraterrestre.

Ele terá do lado a pediatra Anne Glass (Moon Bloodgood), uma espécie de médica geral do grupo. Tom terá de lutar para recuperar seu filho, Ben (Connor Jessup), que fora aprisionado pelo tal grupo de alienígenas, ao lado de Anne e de seus outros filhos, Hal (Drew Roy) e Matt (Maxim Knight).

Tudo muito bonitinho e redondinho, sem chances para erro. Certo? Na-na-ni-na-não. Eu até agora estou tentando entender o que um ator teen despreparado da vida está fazendo num personagem de devida importância numa trama tão grande quanto Falling Skies.

Drew Roy, para quem não sabe, interpretou os namorados de Hannah Montana e Carly Shay, o que me deixou numa tremenda vibe de preocupação. Eu fiquei esperando a hora que ele começaria a erguer as mãos pro alto e começar a gritar que os aliens raptaram as miniaturas de pelúcia dele (vejam iCarly e vocês compreenderão meu medo).

Tirando isso, a série nos apresentou aqueles quem nós realmente esperávamos (nós não, todos os outros, menos eu): os ETszildos. Os Skitters, uma espécie de bicho verde, de seis patas e que com aparência de répteis, os civis da raça alienígena; e os Mechs, uma espécie de robôs com duas patinhas, o exército dos conquistadores, digamos assim.

Não fiquei nada triste com estas coisas que o Spielberg mostrou, aliás, tudo acima da qualidade dos Visitors (V) já estão de muito bom tamanho pra mim. Eu não quero saber dos efeitinhos ou dos aliens, a série tem que desenvolver a história e os personagens: isso é o que realmente importa.
© TNT / Reprodução
E neste quisito, repito e digo: Falling Skies soube mostrar bem. A primeira parte da premiere dupla foi interessante em nos mostrar a história, seu início, seus objetivos e como tudo irá ocorrer. Os desenhos do Matt no começo propiciaram um clima fantástico logo de cara.

Mas o que realmente me chamou a atenção na série, foi a atuação do Will Patton, como o comandante Weaver. Ele pensa no lado da batalha, não liga para os civis e ainda assim transmite ser uma boa pessoa.

Outra questão interessante levantada é a didática histórica que a série tenta levar, se baseando nas questões da Revolução Americana e da Guerra de Secessão, o que me deixou ainda mais apaixonado pela mitologia envolvente de Falling Skies.

Enquanto o primeiro episódio se contentou em ser lento, o segundo se contentou em ser desnecessário. Até agora não entendi os reais motivos em apresentar o Collin Cunningham, como o lunático John Pope, e sua trupe de resistência virada ao capeta.

A este momento, a necessidade real deles foi pífia, nem a questão da Margaret (Sarah Carter), ou Maggie se preferir, mudar de time e matar os seus ex-aliados me faz diferir desta opinião. Sei que o tal do John Pope terá uma função de real importância num futuro, mas como apresentação de personagem, eu dispenso.

Contudo, a série soube extrapolar as poucas expectativas que eu tinha e ruiu as minhas ressalvas e meus medos em relação ao fiasco que poderia ser. Diga-se, de passagem, que Falling Skies começou bem, obrigado, mas é cedo para fazer qualquer outra grande colocação, afinal, eu já tenho uma teoria em minha cabeça bem esquisita, mas isto fica para outros encontros.

E para utilizar a piadinha pronta que todo o mundo está usando: a jornada em busca da sobrevivência e a luta contra os monstros que caíram do céu começou, e pode ter certeza de que eu não perderei um episódio sequer.

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