sexta-feira, 18 de maio de 2012

Game of Thrones - 02x07 - A Man Without Honor


Nem com muita paciência foi "assistível".

Sim, o que falar sobre o episódio desta semana de Game of Thrones? A não ser xingá-lo de todas as maneiras possíveis, o sentimento que fica é de pouquíssimo desenvolvimento de seus arcos que poderiam muito bem ser resumidos em 15 minutos, no máximo, de episódio.

O episódio não passou de tedioso, cansativo e arrastado, onde não conseguiu cumprir com seu papel dentro da trama e apresenta um episódio praticamente com a marca registrada da concorrente AMC: pouca história, pouca ação, muita ladainha, muita chatice.

O problema não é da HBO, e sim do roteiro que não soube explorar o tempo do episódio, onde poderia muito bem reduzir e executar com muito mais qualidade tudo que foi exibido. Tanta coisa irrelevante que não sei bem por onde começar.

Primeiro vamos para além da Muralha, onde nada e menos ainda acontece. Muita encheção de linguiça, no sentido pleno da expressão, e conversas tolas sobre ereção, sexo e pinto, com alguma tensão sexual. Como se ninguém esperasse pela rasteira sorrateira da selvagem e que Snow seria capturado. Mais previsível impossível.

Meu segundo problema estava com Jamie Lannister, não sei por que tanto prolongamento com tamanha obviedade. Não era necessário ler livro nenhum para saber que ele ia aproveitar do infeliz companheiro de cela para tentar fugir e escapar de seu cárcere.

Mas infeliz foi o roteiro que sequer deu o trabalho de mostrar cenas de perseguição ao Lannister, bem como sua captura até o ponto em que todos queriam simplesmente enfiar a espada em seu pescoço. Por isso creio que as cenas de Lady Stark em seguida, depois de defender a vida dele, foram tão desnecessárias quanto ao projeto de cliffhanger que foi ela brandando uma espada em sua frente, pronta para o golpe de misericórdia.

Infelizmente, a aparição de Robb foi tão necessária – só que não – para o desenvolvimento da série que eu particularmente não sei por onde começar. Ou melhor, se tem alguma coisa para começar. Ele simplesmente largou tudo no meio da guerra para ir morro abaixo com a enfermeira que ele anda tendo sentimentos.

Eu não sabia se ria ou se chorava com a menstruação tardia de Sansa, a sonsa. O melhor, digo, o pior foi ver o esforço da sua criada (que, por sinal, é a prostituta amada de Tyrion) em guardar o segredo ser totalmente inútil, com o Cão parecendo que farejou o sangue da moça. Só isso explica a presença dele após segundos depois da criada deixar e voltar ao quarto da menina Stark.

De volta ao Norte, já nas terras de Winterfell, só posso apreciar – mais uma vez, só que não – os momentos de pseudo-crueldade de Theon, como se os corpos queimados apresentado aos cidadãos do vilarejo são dos meninos Stark. Demonstração de poder? Passo.

Por fim, os bons momentos do episódio, que mesmo que inúteis neste momento, são as únicas coisas realmente interessantes de se ver. A começar com Arya e Tywin, e seus diálogos com extrema tensão. Sempre dá agonia em ver a garota tendo de rebolar para sustentar a mentira de sua origem nobre, ou melhor, de sua origem dos Lobos de Winterfell.

Voltando para Porto Real, tenho gostado, como sempre, de Tyrion e suas conversas com Cersei, a escrupulosa mãe que ninguém ama e que todos odeiam. Achei muito interessante a conversa a respeito de Joffrey e se a sua formação genética tenha interferido em sua sanidade, como com os Targaryen.

E por fim, mas não menos importante, temos Danny, a Mãe de Dragões, que viu seus filhotes sendo roubados para que um reinado fosse instaurado por Xaro com o assassinato em massa do Conselho dos Treze. Cena esquisita e bastante interessante, o que boa parte deste episódio não foi.

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