A noite das divas.
Num Top 5 exclusivamente feminino, tudo poderia acontecer, ainda mais com todas elas tendo condições reais de vencer o programa. Com os temas de “canção do ano em que nasceu” e “divas”, as garotas subiram ao palco para tentarem se manterem por mais uma semana.
E com o veto ainda válido pelos jurados (o que não faz sentido nenhum, mas enfim), elas buscaram o voto popular. Mas ainda precisaram cantar um medley com músicas aleatórias da Donna Summer, enquanto recebiam o já esquecido Clay Aiken para cantar “Bridge Over Troubled Water”, e Fantasia Barrino, vencedora da terceira temporada que faz estragos (nos ouvidos alheios) por onde passa, cantando “Lose to Win”.
VÍDEOS:
Top 5 – Donna Summer medley
Clay Aiken – “Bridge Over Troubled Water”
Fantasia – “Lose to Win”
Ainda na ausência inexplicável de Davi Antunes, seguiremos os comentários apenas comigo mesmo (Kelvin Bastos), que é o que tem pra hoje, então se contentem.
Ano Que Nasceu
Candice Glover
“Straight Up”, Paula Abdul (1989)
Nunca, em sei lá quantos anos de Idol, eu vi alguém pegar uma música de titia Paulinha Abdul e fazer algo como Candice fez. Adorei o arranjo com variação mais próxima do acústico, o vibrato dessa mulher é o poder e os melismas no refrão foram muito bons. E aquela nota final foi a cereja sobre a cobertura de chantilly. Ai, agora me deu fome.
Janelle Arthur
“When I Call Your Name”, Vince Gill (1989)
Eu disse semana passada, eu acho, que esse é o estilo que eu esperaria da Janelle em um pós-Idol, e até agora ela não mudou minha opinião. Eu acho que assim, nestes quesitos, ela segue bem, mas para uma competição neste nível atual do Idol eu não creio que apenas isso a levará adiante. Vocais foram bons, e a interpretação fez jus à música do rei do country americano, Vince Gill.
Kree Harrison
“She Talks to Angels”, The Black Crowes (1990)
Eles as colocam uma depois da outra para provarem que uma é melhor que a outra? Segunda semana seguida em que vemos dobradinha da Kree e da Janelle. Assim como a Janelle, achei a performance segura e dentro do que ela tem feito, com bons vocais e sem fugir muito da proposta de música que ela traz semana após semana. E tenho que registrar uma coisa que me incomodou em alguns pontos: ela balançando a cabeça e rindo forçadamente. Aquilo foi ruim demais. Só aquilo.
Angie Miller
“I’ll Stand by You”, The Pretenders (1994)
Angie é esperta e usou um golpe de mestre com essa apresentação, dedicando-a às vítimas do atentado em Boston. Não, acho que ela errou em pegar essa música que Pia Toscano levou a um planeta que nem mesmo Candice Glover em seus vocais extraterrestres alcançaria. Mas vocalmente eu gostei, teve dois quase erros na letra durante a apresentação, mas eu gostei no todo. Claro, não me levantaria nessa standing-o por nada e ficaria com minha bunda na cadeira igual titia Minaj.
Amber Holcomb
“Without You”, Mariah Carey (1994)
Fui só eu ou mais alguém achou essa apresentação totalmente errada e fora do tom esperado? A primeira parte do primeiro refrão foi tão baixo que se fosse o Lazaro Arbos já era de se esperar, mas vindo de Amber não. Vocais na primeira parte foram errados e no segundo trecho, no mais alto pós-refrão, achei desesperado e meio gritado demais. Standing-o absurda de desnecessária.
Divas
Candice Glover
“When You Believe”, Mariah Carey & Whitney Houston
Pior performance da Candice nos Lives, o que é superior às melhores de alguns outros. Enfim. Apesar de achar um marasmo e bem chato, Candice arrasou todas as notas, conseguiu controlar bem a música e cresceu junto com o arranjo. O fim da música foi muito superior ao começo, os melismas foram bem empregados e não tem como negar que ela mandou bem, ainda garantindo standing-o (tinha pulga nas cadeiras!).
Janelle Arthur
“Dumb Blonde”, Dolly Parton
Escolha totalmente diferente do que eu esperaria vindo de menina Janelle. Eu gostei por ter fugido das baladas e pegado algo em uptempo e corrido uma maratona pelo palco inteiro. Não achei que a música exigiu muito dos vocais dela, mas que ainda assim estavam muito bons. Foi uma escolha esperta e diferente, talvez ousada demais.
Kree Harrison
“Have You Ever Been in Love”, Celine Dion
Errou a nota de abertura, mas de resto foi mais ou menos como a Candice foi em sua segunda canção. Ela pegou uma música esquecida e perdida na discografia da Celine Dion e empregou uma carga excelente de dramacidade, sabendo conduzir a apresentação e acertando todas as notas. Foi uma boa apresentação, apesar de não ter sido a minha favorita dela no programa. Mais uma standing-o, mais pulga nas calças dos jurados.
Angie Miller
“Halo”, Beyoncé
“Halo” é uma música imensa. Imensa e complicadíssima. Exige não só dos vocais de quem canta, mas da interpretação que seria empregada. E de tudo que Angie poderia fazer, o que me faltou foi o mais importante. Senti um vazio e falta de conexão com a canção, apesar de ter sido muito bem executada e uma das melhores interpretações vocais dela na temporada.
Amber Holcomb
“What Are You Doing The Rest of Your Life?”, Barba Streisand
Performance contida e intimista, com vocais mais livres pra fugir da obviedade e totalmente oposta do que eu esperaria vindo da Amber. É uma canção muito difícil e que exige muito dos vocais e da concentração, e casado isso a excelente interpretação vista em Amber, fez da apresentação uma das melhores da noite, sem dúvidas. Outra standing-o. A quarta em quatro músicas da Amber. Será que ela virou a versão feminina do Joshua Ledet?
Resultados
Se o seus ouvidos sobreviveram ao massacre patrocinado por Fantasia Barrino, bem-vindos a mais um programa de resultados do American Idol. Se não, continue lendo, você não vai precisar dos seus ouvidos, de qualquer maneira.
Seguindo, a lista de salvamento (oi? Essa palavra existe?) segue com Candice sendo salva em primeiro lugar, acompanhada por Angie e finalizando o Top 3 com Amber, surpreendendo ao ver a dupla country entre as duas menos votadas.
E como o Nigel Lythgoe é o Silvio Santos da TV americana e a regra muda conforme suas vontades, o save ainda estava em disputa. Em outras ocasiões, o save só seria válido antes do Top 5, sendo automaticamente esquecido caso não fosse utilizado. O que não fará sentido se for usado nas próximas semanas, enfim.
Kree foi salva e se juntou às outras três moças, deixando Janelle Arthur tentar impressionar, pela última vez, os jurados com sua interpretação de “You Keep Me Hangin’ On”. Mas Randy anunciou que não foi unânime. Foi um empate 2-2. Ela precisaria ser eliminada, o que já era esperado, já que é a mais fraca das garotas, mesmo crescendo feito um foguete nesta fase final.
Semana que vem, ficaremos no aguardo do uso ou não do veto. Afinal, a final do programa é só 16 de Maio e se não utilizarem o save teremos uma semana extra de programa. Seguiremos acompanhando a saga das quatro que sobraram.
P.S.: Melhor momento da temporada: Paula Abdul de volta. <3
0 comentários :
Postar um comentário