Tudo ou nada… Está mais pro meio termo.
Glee caiu em qualidade. Fato. Em sua reta final, no momento em que a série deveria atingir um clímax, o que vimos foi um declínio bisonho em qualidade, que surpreende, afinal, eu não esperava estar escrevendo este texto tão sem dar a mínima para o que aconteceu nestes quatro últimos episódios quanto estou agora.
Claro que, ao todo, o trabalho empregado e desenvolvido pela quarta temporada é, ainda, muito acima das minhas expectativas (e aqui estou analisando única e exclusivamente os meus gostos pessoais) criadas antes do começo da mesma, quando todos estávamos incertos a que rumo a série tomaria diante das mudanças criativas provindas por titia Ryan Murphy.
Não sei o que dizer deste episódio, além de que foi tão morno e tão fraco para um final de temporada que apenas fica uma sensação de vazio e de que nada atingiu o esperado. Aliás, talvez esta seja a expressão que melhor se aplique a estes quatro últimos episódios: não atingiu o esperado. O que não exprime a qualidade da temporada inteira em si, porque mesmo com estes tropeços, a série se manteve sólida e, talvez, mostrou uma das temporadas mais consistentes desta última Fall Season.
Os rumos criativos deste episódio me pareceram fracos e conservadores, sem serem ousados e sem querer responder a quase nenhuma das perguntas que possamos ter desenvolvido ao longo da temporada. A começar com o primeiro arco da finale, o callback de Rachel e sua excelente interpretação de "To Love You More". Apenas Rachel pra cantar Celine Dion e não estourar meus tímpanos. Obrigado.
E ficamos por isso. Apenas isso. Desculpa, mas eu realmente gostaria de ter o resultado deste callback, pra mim não faz sentido segurar o resultado por meses como um cliffhanger, assim como também não acho que o resultado seja um cliffhanger forte suficiente para sustentar o interesse até setembro, quando Glee retornar para o quinto ano.
E, aí, tivemos a competição. E sem nenhuma emoção. Sem nenhum conflito. Sem nenhum problema. Quer dizer, tivemos Ryder criando caso ao descobrir quem era a pessoa que se passava por Katy, mas não durou muito tempo. Ainda que tivéssemos Jessica Sanchez do outro lado do ringue, nem no resultado tivemos emoção.
Aliás, o composto de Frida, personagem de Sanchez, que cantou "Clarity" e "Wings" foi ainda superior ao New Directions em suas interpretações (que incluía uma avulsa original escrita pela Marley), mesmo que não chegue no dedinho do pé do Vocal Adrenaline (aliás, sdds Vocal Adrenaline). Só que, novamente, não vimos nenhuma ameaça ao resultado ou ao título do New Directions.
E, surpreendentemente, a música original escrita por Marley que dá título ao episódio, "All or Nothing", é muito melhor do que qualquer outra coisa já escrita pelos músicos responsáveis por Glee (depois de "My Cups", é claro). Até me surpreendi ao ver que gostei de tudo, inclusive da execução, por mais que não melhore em muita coisa os números fracos do New Directions com "Hall of Fame" e "I Love It".
Agora, falando sobre os arcos que rodearam Lima e as Regionais, tivemos uma despedida lindíssima envolvendo Brittany, talvez o melhor momento do episódio, certamente o mais emocionante de todo o episódio. A despedida é extremamente bem colocada e consegue muito bem envolver todos os personagens, principalmente Santana e Sam, por mais que a história dela no MIT seja completamente absurda de tão bizarra.
E Blaine ainda alimente as esperanças em pedir Kurt em casamento, mas com o casamento surpresa de Will e Emma, porque é melhor falar logo "eu aceito" do que ter uma noiva em fuga novamente. Achei bonitinho, mas apenas também.
Por fim, temos o encerramento da história entre Ryder e do tal 'catfish'. E era Unique. Aliás, alguém duvidou disso em algum momento? Em algum segundo? A resolução é previsível e cheguei a conclusão que a demora foi tanta que a história já estava desgastada e, no fim, não resultou de forma totalmente positiva.
Para o quinto ano, eu realmente espero que as coisas voltem a serem realmente bacanas e todo o conjunto funcione. É a única coisa que eu espero.
P.S.: Último Foundue For Two com Sue Sylvester e professor Schue genial. Aliás, quando Brittany não é genial?
Músicas do episódio:
- "To Love You More", de Celine Dion, interpretada por Rachel Berry (Lea Michele);
- "My Cup", canção original, interpretada por Brittany S. Pierce (Heather Morris) e Artie Abrams (Kevin McHale);
- "Rainbow Connection", de Paul Williams feat. Kenneth Ascher, interpretada pelo coral The Waffletoots (Whiffenpoofs da Yale University);
- "Clarity", de Zedd feat. Foxes, interpretada por Frida Romero (Jessica Sanchez) e pelo coral The Hoosierdaddies;
- "Wings", de Little Mix, interpretada por Frida Romero e pelo coral The Hoosierdaddies;
- "Hall of Fame", de The Script feat. will.i.am, interpretada por Jake Puckerman (Jacob Artist), Ryder Lynn (Blake Jenner), Sam Evans (Chord Overstreet), Joe Hart (Samuel Larsen), Artie Abrams (Kevin McHale) com o coral New Directions;
- "I Love It", de Icona Pop feat. Charli XCX, interpretada por Kitty Wilde (Becca Tobin), Tina Cohen-Chang (Jenna Ushkowitz), Brittany S. Pierce e Wade "Unique" Adams (Alex Newell) com as garotas do coral do New Directions;
- "All Or Nothing", canção original, interpretada por Marley Rose (Melissa Benoist) e Blaine Anderson (Darren Criss) com o coral New Directions.
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