quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pretty Little Liars - 04x02 - Turn of the Shoe

Piu-piu-piô. Piu-piu-piô.

Agora sim podemos encher a boca e dizer que Pirulitolaiars está de volta, em sua boa forma, com direito ao que há de melhor na série. Com um episódio bem mais dinâmico, divertido e completamente cretino, titia Marlene King se absolve dos crimes cometidos naquela premiere bisonha e se redime, nem que seja um pouco, de um duplo fracasso neste início de temporada.

Uma coisa que sempre esteve presente em nossos textos é a inteligência das moças. Confiar ou deixar de confiar em Mona parece botar em cheque a inteligência dessas meninas. Eu, na mesma posição, teria os mesmíssimos motivos para desconfiar da Monanão, mas a situação ainda lhe permitiria o caso de trazê-la pra mais perto ainda. Como o ditado, "mantenha seus amigos perto, mas seus inimigos mais perto ainda".

Mas, cara, às vezes eu tenho que louvar a inteligência dessas meninas, porque só com muita reza e boa macumba online pra tanta estupidez. Ou azar. Não sei o que definir a capacidade absurda e extremamente certeira de Ems enfiar o - muita calma nessa hora - ombro em uma pedra no chão. Tem que ser muito azarada mesmo pra isso. É como diria o ilustre Carlos Drummond de Andrade, no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do meu capote. Pobre Emily.

Isso acontece após as Liars, em comboio - porque pra que a necessidade de três veículos para ir no meio do mato levando cinco raparigas? -, decidirem ir até o A-móvel, que foi roubado por Tobinha que ainda segue em busca de saber o que andou rolando com mamãe Maria Catarrão para ter se suicidado, e vê que o dito cujo tinha sumido.

Óbvio que a culpa seria de Mona, quem mais saberia que o trailer estaria ali? Mais óbvio ainda que essas meninas não aprendem nada com o tempo, e que -A está em tudo quanto é lugar. Até mesmo em bancos traseiros, sufocando Monanão e tentando atropelar Zoiudinha, a própria Monanão e Emily, o que nos leva ao caso do "no meio do caminho tinha uma pedra".

Mas Emily é ainda mais azarada que o usual, ela toma doses cavalares de analgésico para poder competir e seguir sonhando em passar o resto da vida - ou o tempo da faculdade - dividindo um quarto com Psicopaige  em Stanford, porque, segundo consta, Shana está com os orifícios arregalados de olho na vaguinha. Isso faz com que Ems se dope tanto que perde noção de distância (?), bata a cabeça na parede da piscina (??) e perdesse a consciência (???). E eu só posso terminar este parágrafo com: Oi?

Enquanto a Emily segue nessa barra pós-capote-na-pedra e se drogando pra competições molhadas com a Shana alheia, Aria também entra no mood de querer virar a Formiga Atômica por conta do derradeiro acontecimento que iniciou este episódio. Querendo se auto-defender, menina Zoiudinha buscou ajuda com o instrutor de luta do Holden, um tal de Jake (Ryan Guzman, Step Up Revolution).

A cena é ainda mais divertida do que a proposta, já que todos sabemos que quando Zoiudinha vê um bofe mais velho dando sopa, ela quer logo enfiar o canudinho nele todo. Tanto é que o interesse dela nem é muito por auto-defesa, mas sim por ataques pela traseira. Achei tendência a arte de ensinar Scooby-Doo como luta para proteger o Toba, oh wait... Ninguém mandou ela fazer uma luta chamada Tang So Doo e se preocupar com casos de pessoas a atacarem por trás.

A preocupação é tanta que a relação estabelecida entre o treinador e a treinada deve ser de confiança, só que a confiança exala tanto pelos poros da pele que basta uma meia dúzia de encoxadas e chegadas pelo Toba de Zoiudinha que rola até uma extensão da aula com direito até a beijoquinha. Aria, abiga, você não perde tempo, hein. E o coleguinha Jacó também não, até visitinha noturna andou fazendo. Todos prevendo um reboot de Ezria agora com Jacóbria (com Zoiudinha de olho na cóbria, tudumpá - piada ruim, há quatro anos, a gente vê por aqui). Só curtirei se rolar gente sendo presa de verdade, e tenho dito. Reparem que Zoiudinha é tão porquinha que recebe o moço em casa sem ter tomado banho depois de uma aula de artes marciais. Senti o cheiro daqui.

Enquanto isso, Hanna - que segue mais um episódio sem Caleb, mas quem liga? - segue sendo a única Liar com medo de nada, porque né, a loira acusa e enfia o dedo na Shana no meio da rua, falando sobre o fato de Jenna e ela terem tirado o Wilden da rua quando o mesmo foi atropelado por Mamãe Marin e fica se fazendo de desentendida por não ter ido ao velório de seu "amiguinho".

Hanna, inclusive, viu Mamãe Marin retornar dos mortos, com o sapatão enfiado na lama e com todas as pistas indicarem e tentarem incriminar a senhorita Ashley Marin. Como sempre, eu duvido muito que Mamãe Marin tenha matado o detetive avulso lá, mas aposto que deve ter tido um encontro no meio do mato. Esse povo adora se encontrar de noite no meio do nada, parece hobby, então não seria nada absurdo.

Absurdo é Mamãe DiLaurentis aparecer no meio do nada pra entregar e oferecer periquitos cinza pra primeira que aparecesse na frente dela. Aliás, não é só um perequito, é a periquita de Alison. A canalhice desse pássaro é tamanha que não seria justo não abrir este texto sem referenciá-lo. Mais injusto ainda é as pessoas não entenderem a sutileza da interpretação do pássaro, mais expressivo do que Shay Mitchel em quatro temporadas (Shay, te amo, mas né...). O papagaio (ou periquito, se bem que parecia apenas um pombo, não importa) nos trouxe uma pista, inútil até então, do barulho de um provável número que Alison teria ligado - o boy magya de bermudas (via Hugo Gloss).

O pássaro, coitado, foi raptado por -A, que nos brindou com uma cena final suculenta, fazendo periquita assada (só não sei de quem, hm) e oferecendo essa suculência à periquita de Alison. Acho inovador liberar comidinha para periquitas de defuntas. Isso não seria necrofilia?

Por fim, mas não menos importante, nos resta Spencer e Zé Tobias, com seus dilemas cheio de profundidade e complexos demais para serem exibidos na ABC Family, como não ser aceita na Universidade da Pensilvânia ou não conseguir ler os prontuários médicos de Mamãe Finada Maria Catarrão.

Achei legal darem, primeiro, este tipo de enfoque para a trama de Spencer, é justo ela ter uma trama "normal" de vez em quando, mas eu estaria mentindo se eu falasse que fiquei sentido com sua rejeição, manchando o histórico da família Hastings. Mentiria, porque eu ri, na verdade. Já para Tobias, essa morte de Mamãe Mary Cavanaugh é cheia de enigmas e coisas obscuras, mais que um Toba e uma Shana juntos. Mas, pra mim, não faz sentido nenhum pro contexto atual da série, afinal, esqueceram que -A e Alison são os únicos motes e arcos que realmente importam?

No mais, resta dizer que Ezra, desocupado em sua sua solteirice, agora está aconselhando moças rejeitadas em Universidades alheias e só. Ah, e que semana que vem tem mais dessa delícia suprema chamada Pretty Little Liars. Até lá.

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